O período de ensino se estende dos 7 aos 21 anos, sendo que antes dos 7 a criança está entregue ao cuidado das mulheres. Dos 7 aos 14 é letrado (período escolar) e no período seguinte é formado cívica e militarmente (efébia). A efébia era uma forma de ensino essencialmente esportiva, altamente técnico e oferecendo diversas especialidades, rivais e paralelas: retórica, filosofia, medicina. A magistratura e a direção efetiva do colégio é do “Chefe do ginásio”, o ginasiarca, que se ocupa de organizar a estrutura, mas não da instrução dos efebos, da qual é encarregado um prático. Esse geralmente é escolhido entre os mais abastados da cidade e seu título é um dos mais honoríficos na época helenística. Em casos fortuitos, o ginasiarca poderia ser ajudado em sua tarefa por um adjunto, o hipoginasiarca, que se ocuparia principalmente da administração efébica.
Na época helenística, a educação deixa de estar entregue à iniciativa privada e torna-se normalmente objeto de uma regulamentação oficial, constituindo atributo de civilização. É preciso ressaltar que quando se fala em Estado na Grécia antiga, se fala da cidade. São as cidades que assumem a responsabilidade pela organização e manutenção da efébia. No Egito, a educação era atividade privada, tendo em vista a escassez de cidades.
A efébia ática corresponde hoje ao serviço militar obrigatório, uma vez que os jovens que atingiam a maioridade (18 anos) e escolhidos pela Boulé, eram encaminhados à efébia, o que constituía condição para gozar do direito de cidadania. A preparação recebida não era apenas militar, mas cívica, moral e religiosa, para o pleno exercício dos direitos e deveres do cidadão. Com a dominação romana, a efébia cessa de funcionar regularmente e com esse caráter, tornando-se um ensino para iniciar-se nos refinamentos da vida elegante.
A partir de 119-118 a.C., estrangeiros são admitidos na efébia, fato paradoxal que mostra bem que a instituição não tem mais o caráter nacional que possuía na origem, tornando-se um instrumento de elitização, principalmente na efébia ateniense. É diminuída a importância dos exercícios militares, aumentando-se a importância da ginástica, de modo que a efébia ateniense se torna um Instituto superior de educação física. A formação se perpetua por um meio estreito e fechado, o caráter fundamental da mais antiga educação grega, ao esporte como fundamento da alta cultura, da vida elegante e, por conseguinte, da educação. A efébia helenística se torna mais aristocrática que cívica, mais esportiva que militar. Desta forma, a antiga Paidéia torna-se enciclopédia, ou seja, "educação geral" que consistia na formação do homem culto, diminuido ainda mais o aspecto físico e estético.
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ResponderEliminarO período de ensino se estende dos 7 aos 21 anos, sendo que antes dos 7 a criança está entregue ao cuidado das mulheres. Dos 7 aos 14 é letrado (período escolar) e no período seguinte é formado cívica e militarmente (efébia).
ResponderEliminarA efébia era uma forma de ensino essencialmente esportiva, altamente técnico e oferecendo diversas especialidades, rivais e paralelas: retórica, filosofia, medicina.
A magistratura e a direção efetiva do colégio é do “Chefe do ginásio”, o ginasiarca, que se ocupa de organizar a estrutura, mas não da instrução dos efebos, da qual é encarregado um prático.
Esse geralmente é escolhido entre os mais abastados da cidade e seu título é um dos mais honoríficos na época helenística.
Em casos fortuitos, o ginasiarca poderia ser ajudado em sua tarefa por um adjunto, o hipoginasiarca, que se ocuparia principalmente da administração efébica.
Na época helenística, a educação deixa de estar entregue à iniciativa privada e torna-se normalmente objeto de uma regulamentação oficial, constituindo atributo de civilização.
ResponderEliminarÉ preciso ressaltar que quando se fala em Estado na Grécia antiga, se fala da cidade. São as cidades que assumem a responsabilidade pela organização e manutenção da efébia.
No Egito, a educação era atividade privada, tendo em vista a escassez de cidades.
A efébia ática corresponde hoje ao serviço militar obrigatório, uma vez que os jovens que atingiam a maioridade (18 anos) e escolhidos pela Boulé, eram encaminhados à efébia, o que constituía condição para gozar do direito de cidadania.
ResponderEliminarA preparação recebida não era apenas militar, mas cívica, moral e religiosa, para o pleno exercício dos direitos e deveres do cidadão.
Com a dominação romana, a efébia cessa de funcionar regularmente e com esse caráter, tornando-se um ensino para iniciar-se nos refinamentos da vida elegante.
A partir de 119-118 a.C., estrangeiros são admitidos na efébia, fato paradoxal que mostra bem que a instituição não tem mais o caráter nacional que possuía na origem, tornando-se um instrumento de elitização, principalmente na efébia ateniense.
ResponderEliminarÉ diminuída a importância dos exercícios militares, aumentando-se a importância da ginástica, de modo que a efébia ateniense se torna um Instituto superior de educação física.
A formação se perpetua por um meio estreito e fechado, o caráter fundamental da mais antiga educação grega, ao esporte como fundamento da alta cultura, da vida elegante e, por conseguinte, da educação. A efébia helenística se torna mais aristocrática que cívica, mais esportiva que militar.
Desta forma, a antiga Paidéia torna-se enciclopédia, ou seja, "educação geral" que consistia na formação do homem culto, diminuido ainda mais o aspecto físico e estético.