sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Helenismo

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  2. O período de ensino se estende dos 7 aos 21 anos, sendo que antes dos 7 a criança está entregue ao cuidado das mulheres. Dos 7 aos 14 é letrado (período escolar) e no período seguinte é formado cívica e militarmente (efébia).
    A efébia era uma forma de ensino essencialmente esportiva, altamente técnico e oferecendo diversas especialidades, rivais e paralelas: retórica, filosofia, medicina.
    A magistratura e a direção efetiva do colégio é do “Chefe do ginásio”, o ginasiarca, que se ocupa de organizar a estrutura, mas não da instrução dos efebos, da qual é encarregado um prático.
    Esse geralmente é escolhido entre os mais abastados da cidade e seu título é um dos mais honoríficos na época helenística.
    Em casos fortuitos, o ginasiarca poderia ser ajudado em sua tarefa por um adjunto, o hipoginasiarca, que se ocuparia principalmente da administração efébica.

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  3. Na época helenística, a educação deixa de estar entregue à iniciativa privada e torna-se normalmente objeto de uma regulamentação oficial, constituindo atributo de civilização.
    É preciso ressaltar que quando se fala em Estado na Grécia antiga, se fala da cidade. São as cidades que assumem a responsabilidade pela organização e manutenção da efébia.
    No Egito, a educação era atividade privada, tendo em vista a escassez de cidades.

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  4. A efébia ática corresponde hoje ao serviço militar obrigatório, uma vez que os jovens que atingiam a maioridade (18 anos) e escolhidos pela Boulé, eram encaminhados à efébia, o que constituía condição para gozar do direito de cidadania.
    A preparação recebida não era apenas militar, mas cívica, moral e religiosa, para o pleno exercício dos direitos e deveres do cidadão.
    Com a dominação romana, a efébia cessa de funcionar regularmente e com esse caráter, tornando-se um ensino para iniciar-se nos refinamentos da vida elegante.

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  5. A partir de 119-118 a.C., estrangeiros são admitidos na efébia, fato paradoxal que mostra bem que a instituição não tem mais o caráter nacional que possuía na origem, tornando-se um instrumento de elitização, principalmente na efébia ateniense.
    É diminuída a importância dos exercícios militares, aumentando-se a importância da ginástica, de modo que a efébia ateniense se torna um Instituto superior de educação física.
    A formação se perpetua por um meio estreito e fechado, o caráter fundamental da mais antiga educação grega, ao esporte como fundamento da alta cultura, da vida elegante e, por conseguinte, da educação. A efébia helenística se torna mais aristocrática que cívica, mais esportiva que militar.
    Desta forma, a antiga Paidéia torna-se enciclopédia, ou seja, "educação geral" que consistia na formação do homem culto, diminuido ainda mais o aspecto físico e estético.

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